terça-feira, maio 16, 2006

"Os 16 de Maio"

Hello, escrevo-vos este post, barricada em minha casa, recusando-me peremptoriamente a saír à rua, enquanto não chegar o fim de semana e, daí, nem sei se não irei deixar passar o fim de semana também! Estou a viver em primeira mão a vida de um refugiado xiita, escondido num bunker, com a diferença que não sou refugiada xiita e a minha casa é tudo, menos um bunker. Adiante... A razão porque estou barricada em mi maison é que, estão, neste preciso momento, a decorrer as festas da minha órdeia, mundialmente e, quiçá, por essa Europa fora, conhecidas como "Os 16 de Maio", festas em honra de nossos senhores da azeitice ;)
Ora, como todos nós, almas cultamente enriquecidas, sabemos, as festas municipais são do agrado de todos os aldeões que vivem nos confins da parvónia e que aproveitam estes momentos para efectuarem uma peregrinação à city, onde sus aldeiitas estão inseridas( devo acrescentar que acho esta questão um bocado fascio, senão reparem: para que caralho precisa uma cidade de ter aglomeradas a si aldeias, que só vêm prejudicar o bom nome da cidade, com os seus elevados graus acentuados de azeiteirice, parolice congénita e um cheiro a bosta que faz arrepanhar os cabelos mais púdicos às pessoas???hum...para mais tarde debater) e alastrarem entre nós, cidadãos( de cidade entenda-se, logo citadinos, moços e moças finos), uma aura conspurcadora que até mete dó.
As festas da minha cidade não se escapam a este panorama! O largo da feira foi invadido por um sem número de feirantes e comerciantes de origem duvidosa, que vendem desde calças "Dolse e cabanna" a malas "Xtiã Diori", entre sutiãs rafeiros e cuecas medonhas. Já para não falar na pretalhada e indianada que vem para cá açambarcar o espaço com estatuetas e chinelos que fedem a vaca, acabada de mungir!Hum!!!!
Também, chegam os carrosséis, que de ano para ano. ao invés de melhorarem a qualidade, parecem redegrir, para não dizer denegrir, e apresentam-se com umas personagens, cujo vocabulário, perfeitamente brutolítico arraçado com parolo cigano, ferem os nossos ouvidos sensíveis a tais impropérios: lôcuraaaaaaaaaaaaa, sinsaçãaaaaaao... Suba, subá, as crianças não pagam, mas tombém num andam" "bamu lá cumprari umas fichinhas, ninas jeitosssas".... Valha-me o senhor...
Para culminar este espectáculo apoteótico, somos obrigados a levar com o odor inconfundível das farturas, churros, pipocas e algodão doce, que juntos e ingeridos, acatam uma puta duma caganeira que até faz vibrar as lápides do chão de tijoleira das casas de banho!Um esguicho de merda que afunila cús , menos experientes a estas andanças.
É por estas e por outras que não quero, não posso e não devo sair do conforto do meu lar, perceberam? Vou até à varanda, esfumaçar-me e ouvir as vozes rotas que chegam até mim, do mais que famoso largo da feira! Lôcura, sinsaçãaaaao...FUI!

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