sexta-feira, janeiro 21, 2005

"O parvalhão"

Desde pequenina que minha mãezinha sempre me disse "ó minha filhinha, tu tem cuidado, que ele há rapazes maus, que só querem fazer mal, e tu não vás nas cantigas deles, que eles parecem bonzitos, mas afinal e tal são uns parvalhões...". É claro que a pequenina maniféstira (eu) não percebia nada do que a mãezinha dizia (também naquela idade só pensava nos ursinhos carinhosos e em pirolitos) e lá acenava com a cabeça, como quem diz "Ámen".
Mas eis que hoje a já crescidita maniféstira sabe o que a minha mãe queria dizer com parvalhões. Olha, eles estão por todo o lado: rua, casa, trabalho, café, enfim, onde a imaginação conseguir chegar e são todos uns patifes, começando por ti, minha amostra de gente, seu ordinário, badalhoco, enfim, seu PARVALHÃO. Oops, desculpem exaltei-me. A verdade é que o parvalhão disfarça muito bem: ao princípio é um timidozinho de primeira, qual repolho a saír do quintal, todo sorrisos e simpatias e, sem nós darmos por isso, transforma-se em monstro de bolachas (neste caso de gajas), que só diz porcaria da boca para fora e que nem sequer fala, relincha. Yep, o parvalhão é isto tudo. Cordeiro em pele de lobo, mais nada... Só que acabam sempre por deixar caír a máscara, neste caso a fuça, o focinho, ou o .... (as reticências são para assinalar o espaço em que deveria constar um palavrão, referente ao instrumento fálico do homem, que começa por C e rima com um condimento culinário...) mais velho...
Donzelas do século 21 tenham cuidado, muito cuidado, pois eles ANDEM AÍ...

P.S.- Gostaria de salientar que o parvalhão não é ninguém em específico, mas representa, isso sim, um todo, do género uma pessoa come uma fatia de um bolo e diz: "O bolo estava bom, mesmo bom" e não " a fatia de bolo estava boa, mesmo boa"... Get it???

Sem comentários: